Planejamento é a palavra-chave para qualquer obra. Em se tratando de projeto arquitetônico de escolas, esse termo ganha atenção redobrada, já que as instituições de ensino são obras de grandes dimensões e que demandam instalações específicas.
Espaço acessível, pisos funcionais e iluminação adequada são alguns dos aspectos primordiais para se considerar nesse tipo de construção. Sendo assim, ao realizar projetos de arquitetura para escolas, é necessário ter atenção a eles.
Além disso, pensar na sustentabilidade das instalações também é de grande valia em obras escolares, pois estimula o pensamento ecológico nos alunos. Isso contribui para que eles tenham uma formação cidadã e consciente.
Que tal saber mais sobre o assunto e conferir dicas certeiras para um projeto arquitetônico seguro e bem-sucedido. É só prosseguir com a leitura!
Arquitetura para escolas: projetando espaços que estimulam o aprendizado
A arquitetura para escolas é uma disciplina que se concentra no projeto e na criação de ambientes educacionais eficientes e estimulantes para os alunos. Ela se baseia em princípios e conceitos arquitetônicos para criar espaços que promovam o aprendizado, o desenvolvimento cognitivo e o bem-estar dos estudantes.
A importância de pensar em ambientes que estimulam o aprendizado dos alunos é fundamental para o sucesso educacional e isso deve ser considerado pelos arquitetos que desenvolvem esse tipo de projeto.
Entende-se que a arquitetura escolar tem um impacto significativo na forma como os alunos interagem com o ambiente e como absorvem informações. Ou seja, o design das salas de aula e outros espaços da escola contribui para que os estudantes tenham um melhor desempenho ao se concentrar para absorver novos conhecimentos.
Isso foi relatado em um estudo chamado “The impact of classroom design on pupils’ learning: final results of a holistic, multi-level analysis”, realizado pelo pesquisador Peter Barrett e sua equipe.
A pesquisa investigou o impacto do design da sala de aula no aprendizado dos estudantes. Seus resultados mostraram que elementos como a disposição do mobiliário, a iluminação adequada, a acústica controlada e o uso de cores podem influenciar positivamente a concentração, a motivação e o desempenho dos alunos.
Tal estudo ressalta a importância de considerar a arquitetura escolar como um componente essencial para a promoção de um ambiente de aprendizado saudável e produtivo.
Ao criar espaços que estimulam a criatividade, a interação e a colaboração, os arquitetos podem contribuir para o desenvolvimento educacional e o bem-estar dos alunos.
As 9 melhores dicas para fazer projetos arquitetônicos de escolas
Considerando o estudo citado e a nossa experiência na área, listamos uma série de dicas para profissionais que desenvolvem projetos arquitetônicos de escolas. Confira, a seguir!
1. Priorize a acessibilidade
O ideal é que o projeto seja o mais plano possível. Afinal, estamos falando de um ambiente onde a facilidade de acesso e a segurança precisam vir em primeiro lugar, certo?
As distâncias de tráfego devem ser compatíveis com todos os usuários e as rampas devem ser priorizadas.
Tudo deve ser otimizado para que cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoção possam transitar livremente e confortavelmente pelos espaços.
Também é importante se certificar de que a construção seguirá à risca todos os padrões de acessibilidade e segurança necessários ao local, conforme a legislação vigente.
2. Instale pisos funcionais
A escolha dos pisos para escolas é a medida mais importante na fase dos acabamentos da obra. Por isso, nunca compre pisos por impulso.
Pense cuidadosamente nas características e indicações de cada tipo de revestimento e, só então, decida qual o modelo mais adequado. Até porque, no caso de uma escolha errada, será difícil escapar do prejuízo e do retrabalho.
Os modelos devem ser escolhidos conforme a proposta de cada cômodo — como as salas, os banheiros e o refeitório — considerando-se, sobretudo, os graus de resistência, segurança e funcionalidade dos pisos. Você já sabe, mas não custa lembrar: sempre dê preferência aos modelos antiderrapantes.
Um tipo de revestimento que atende bem a esses requisitos é o piso vinílico, pois essas peças aliam durabilidade, conforto térmico e praticidade de limpeza, além de serem opções seguras, sustentáveis e de fácil instalação.
3. Favoreça a iluminação natural
Qualquer que seja o porte da escola, uma coisa é certa: os cuidados com a iluminação devem ser redobrados para evitar gastos exorbitantes com energia elétrica.
Nesse caso, a dica número um é favorecer a iluminação natural desde o primeiro traço do projeto arquitetônico.
Janelas amplas também são indispensáveis, bem como as lâmpadas de LED, que têm custo-benefício indiscutível.
4. Invista em instalações sustentáveis
Assim como a opção pelos pisos vinílicos e o favorecimento da luz natural, existem outras práticas de arquitetura sustentável para tornar o ambiente escolar ainda mais ecológico e funcional.
Delimitar locais adequados para o depósito e separação do lixo e investir em projetos hidráulicos e elétricos mais sustentáveis também são medidas transformadoras a curto prazo. Pode apostar!
Como comentamos, isso é interessante até mesmo para que os estudantes desenvolvam uma consciência ecológica e levem isso para as suas casas. Isso é a arquitetura comprovando o seu papel social para a evolução das comunidades.
5. Dê uma atenção especial para o layout das salas de aula
A experiência de aprendizado dos alunos é significativamente influenciada pelo espaço físico e layout de uma sala de aula.
Uma sala de aula bem projetada deve ser ampla, flexível e capaz de se adaptar a diversas atividades de aprendizagem.
Por exemplo, no caso de salas de aula destinadas a incentivar a aprendizagem colaborativa, é importante contar com móveis versáteis, como mesas e cadeiras que possam ser facilmente rearranjados para facilitar discussões em grupo.
Além disso, o arranjo da sala de aula deve ser organizado de maneira a minimizar distrações e interrupções. Assim, será possível que os alunos se concentrem plenamente em suas atividades de aprendizagem.
6. Escolha as cores dos ambientes de forma estratégica
A aplicação de cores no design da sala de aula tem o poder de influenciar o comportamento, as emoções e os processos cognitivos dos alunos.
Como você já sabe, as cores têm a capacidade de evocar diversas emoções e sentimentos, e cada uma delas pode ter efeitos distintos na aprendizagem.
Por exemplo, o azul é frequentemente associado à sensação de calma, enquanto o vermelho está relacionado à excitação e à estimulação.
Sendo assim, uma biblioteca ou sala de aula, pode ter tons mais voltados para o azul e o verde, buscando promover a concentração para a leitura ou realização de tarefas e pesquisas.
Já em ambientes em que os alunos ficam mais livres e podem ser estimulados, como salões de jogos e quadras de esportes para aulas de Educação Física, as cores quentes, como o vermelho, o amarelo e o laranja podem ser estimulados.
7. Incorpore a tecnologia aos espaços
A tecnologia transformou o ensino, proporcionando novas possibilidades de engajamento e colaboração em sala de aula.
De tal maneira, o projeto da sala de aula deve incluir a integração de tecnologia que aprimore os resultados de aprendizagem dos alunos.
Por exemplo, quadros interativos podem facilitar o trabalho em grupo, enquanto projetores podem oferecer suporte a apresentações multimídia.
Além disso, é essencial que a tecnologia seja integrada de maneira a apoiar a aprendizagem dos alunos e permitir transições suaves entre diferentes atividades educacionais.
8. Desenvolva espaços que promovam a socialização
Após a família, a escola desempenha um papel fundamental na socialização dos indivíduos, especialmente das crianças. Portanto, é indispensável contar com espaços que facilitem a convivência e a interação entre os alunos.
Nesse sentido, a arquitetura desempenha um papel crucial ao projetar os espaços comuns da escola. A distribuição dos ambientes e suas estruturas devem ser planejadas de forma a promover a interação entre grupos.
Espaços como pátios, refeitórios, bibliotecas e laboratórios devem ser desenvolvidos para que a convivência entre os alunos seja estimulada.
9. Dialogue com a comunidade escolar ao desenvolver o seu projeto
A comunicação e o diálogo aberto entre arquitetos, professores, direção, funcionários e alunos são essenciais para criar ambientes escolares que atendam às necessidades específicas da instituição e promovam um espaço educacional de qualidade.
Os professores, por exemplo, podem compartilhar suas experiências sobre as dinâmicas de sala de aula, suas necessidades de espaço, requisitos tecnológicos e recursos didáticos.
A direção da escola pode fornecer informações sobre as metas pedagógicas, restrições orçamentárias e diretrizes institucionais.
Os funcionários podem contribuir com insights sobre as demandas operacionais, como fluxos de circulação, segurança e manutenção.
E, por fim, os alunos podem oferecer perspectivas únicas sobre como se sentem e interagem com o ambiente escolar.
Ao compreender essas necessidades e perspectivas, os arquitetos podem projetar espaços que atendam de maneira eficaz às demandas específicas da instituição. Isso resulta em ambientes que promovem um aprendizado mais efetivo, a interação social, a segurança e o bem-estar dos alunos.
Viu só? Não é difícil pensar no projeto arquitetônico de escolas. Com planejamento certo, orçamento definido e fornecedores confiáveis, será moleza dar o start na obra e garantir um ambiente educativo que inspire não somente os alunos e professores, mas também toda a comunidade.
Então, coloque em prática as dicas que apresentamos aqui e tenha excelentes projetos de arquitetura para escolas em seu portfólio. Se você gostou do post, baixe o nosso e-book com “6 passos para um atendimento diferenciado” e torne-se um profissional com ainda mais excelência.